Racismo em Minas, sem punição para apadrinhados do Estado.

No dia 16/01/09, o segurança da loja Kats, Antônio Carlos de Lima, em Belo Horizonte, foi discriminado, somente porque cumpriu com seu trabalho, a Senhora Marcela Brant, secretária do alto escalão de Minas Gerais o chamou de "macaco" e "crioulo". O segurança fez o que lhe é de direito, chamou a polícia para dar queixa do ocorrido. A Senhora Brant teria então o "subornado", oferecendo "o que ele quisesse" para não dar continuidade a queixa. Ele não aceitou, e quando a polícia chegou ao local, e começou a fazer seu trabalho, estranhamente o Tenente que recebeu a chamada, teria recebido ligações, de superiores seus, ordenando-o com que ele não desse sequência a ocorrência.
O Tenente, em sua dignidade, não cumpriu com essa ordem, deu sequência a ocorrência, coletou as informações, inclusive de testemunhas que tudo presenciaram, vendo os atos e ouvindo o que a Senhora Brant teria falado ao Segurança. Chegando a delegacia, ficando lá por quase 6 horas após o ocorrido, ela foi simplesmente liberada, e ao que parece, até hoje, dia 20/02/09 nenhuma atitude foi tomada, para que esta fosse pelo menos investigada, para a apuração dos fatos. Muitos em Minas sabem sobre o poder totalitário que os cabeças do estado, exercem sobre meios de comunicação, corporações, entidades, polícia e outros. Por isso, através desse email, venho pedir que vocês não se calem sobre esse episódio, e cobre das autoridades, medidas para que os culpados sejam punidos.
Envei através do formulário de denúncia do Ministéio Público de Minas Gerais, um pedido de apuração dos fatos sobre esse caso, essa Senhora não pode ficar impuni só porque pertence Ao alto escalão do Estado, deveria sim ser exemplarmente punida por isso, por cometer tal crime, e o estado deveria investigar aqueles que tentaram atrapalhar a apuração dos fatos, também os punindo com todo rigor. Você pode ler mais sobre os ocorridos em http://linguadetrapo.blogspot.com/2009/01/sinhazinha-secretria-do-vice-governador.html, e ter acesso inclusive ao BO feito por Antonio Carlos que segue em anexo, ou baixar o mesmo na reportagem do Novo Jornal sobe o assunto em http://www.novojornal.net/minas_noticia.php?codigo_noticia=3297. O BO foi feito pelo Tenente Wanderlino Patrício Santos, nº CIAD/P-2009-0014719 e entregue ao Agente da Polícia Civil Wesley Lopes Ávila de Oliveira na 1ª. Delegacia de Plantão da Seccional Sul da Polícia Civil.
Gostaria de saber, quais tipos de providência o MP poderia tomar sobre o caso de racismo envolvendo a Senhora Marcela Brant (como acusada), e tendo como vítima o segurança Antonio Carlos de Lima, cujo qual teve registrado pelo Tenente Wanderlino Patrício Santos no BO no. CIAD/P-2009-0014719 e entregue ao Agente da Polícia Civil Wesley Lopes Ávila de Oliveira na 1ª. Delegacia de Plantão da Seccional Sul da Polícia Civil.
Eu enviei o seguinte texto para o MP, relatando um resumo do acontecido e algumas informações, para caso a memória esteja curta.

Segundo relatado a Acusada teria se referido a Vítima como "macaco" e "crioulo", o que de acordo com o art. 140, § 3º do CP, é caracterizado como crime com pena de um a três anos mais multa. Também há disposto no texto da CF de 1988, art. 3, IV, que o estado deve promover o bem de todos sem distinção de raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Ressalta-se também leis posteriores vigentes que elevam o crime de racismo como crime hediondo com reclusão de até 5 anos.
Há também realatos de que o policial que conduzia a ocorrência, teria sido pressionado por integrantes do alto escalão da PMMG para que não prosseguisse com a ocorrência. Apesar do crime de racismo ser inafiançável, após quase 6 horas, a Acusada foi liberada.
A ocorrência apresenta testemunhas para o ocorrido, que segundo relatado no BO, essas testemunhas teriam presenciado o ocorrido, e ouvido tudo que foi dito pela Senhora Marcela Brant, que ao sair da loja disse a Vítima, "Seu crioulo, seu macaco, já dei queixa de você lá dentro da loja". Apesar de já terem se passado mais de um mês do ocorrido, é bom lembrar que o crime de racismo além de inafiançável é também imprescritível.
Porém como dito, a acusada não sofreu nenhum tipo de punição, e aparentemente nem ouve investigação. Fica assim parecendo, que o poder público mineiro, estaria defendendo a imagem e interesses do Estado, fazendo com que o e mesmo não tenha seu nome envolvido em nenhum possível escândalo. Será que o MP compactua com esses tipos de ações e crimes?
Atenciosamente, Felipe Agusto.

Você pode enviar a denúncia através do endereço http://ws.mp.mg.gov.br/pgj/denuncia/denunciaPGJ.htm ou ir na página do MP em http://www.mp.mg.gov.br e na barra procurar por "Serviços --> Denúncias --> Direto ao PGJ".
Não deixe que isso se torne uma banalidade em Minas e no Brasil, denúncie, divulgue em seu blog, envie mensagens a orgãos responsáveis exigindo investigação e punição aos culpados.
Não deixe que a cultura abafe a realidade, racismo é crime e isso é verdade;
e pense bem, mas pense bem o que fazer, porque esse ódio e o preconceito podem estar apontados pra você.

Fonte: Reenviado por e-mail por Jeronimo Santos da Silva em nome de flipeicl@gmail.com

Campanha quer estimular mudanças no costume das oferendas a Iemanjá

Com o slogan “Iemanjá protege a quem protege o mar”, o Instituto Nzinga de Capoeira Angola está provocando polêmica entre os envolvidos da Festa de Iemanjá.

O conflito gira em torno de uma campanha que incentiva algumas mudanças no costume de presentear a Rainha das Águas, homenageada no dia 2 de fevereiro, de acordo com suas predileções já conhecidas por religiosos do candomblé ou devotos da divindade.

Nesse contexto estariam proibidos espelhos, bonecas e adereços de plástico, sabonetes e quaisquer outros materiais que não sejam biodegradáveis (substâncias que se decompõem pela ação de micro-organismos).

“Presente são as ofertas que são desfeitas naturalmente e não comprometem a vida marinha nem a de quem vive do mar. Lixo é o que vai ficar no meio ambiente”, disse a coordenadora pedagógica do Instituto Nzinga de Capoeira Angola, Lígia Vilas Boas.
A campanha foi iniciada neste sábado, 31, com distribuição de material informativo em hotéis e estabelecimentos comerciais da região, além da colocação de faixas no trajeto da festa. “O objetivo é introduzir na tradição da oferta de agrados a preocupação com a poluição marinha, diferenciando o presente do lixo”, explica a coordenadora.
A entidade atua com 30 crianças e adolescentes da comunidade Alto da Sereia, localizada no Rio Vermelho, nas áreas de arte educação, educação ambiental. capoeira e samba de roda no entorno da festa.
“Já participamos da manifestação há quatro anos com apresentação de samba de roda e capoeira. Resolvemos trazer essa proposta, pois a festa cresceu muito e com isso a quantidade de lixo aumentou. Os espelhos, adereços de plástico, material sintético e metal, frascos de perfume e sabonete não são absorvidos e viram lixo no mar”, explicou a coordenadora, que disse não saber precisar o impacto que isso pode ter causado nos mais de cem anos de tradição das oferendas a Iemanjá.
Na Colônia Z1, parte da equipe da organização da festa é incumbida de fazer a triagem de tudo que chega para preencher os 250 balaios que são entregues em alto-mar todos os anos, segundo o presidente da colônia Z1, Joel Gouveia.

Fonte: A Tarde On Line